Este texto tem o propósito fazer uma reflexão do atual momento de nossa sociedade, preferencialmente, da situação econômica do Brasil. A ideia é realizar, de forma breve e sucinta, a análise da situação e projetar o cenário do futuro.
Inicia o ano (2019) e a expectativa do povo brasileiro é enorme quanto ao novo governo, tanto aqui no Rio Grande do Sul quanto no Brasil inteiro. Ambos os governos têm propostas de mudanças e buscam por um maior bem estar da sociedade.
Pois bem. Já estamos no quinto mês do ano e a sociedade ainda pergunta: Para aonde estamos nos direcionando? De fato, ainda é pouco tempo para identificarmos mudanças significativas, principalmente se falarmos sobre as alterações estruturantes e necessárias. Contudo, se analisarmos os dois principais indicadores econômicos, isto é, o PIB e a Taxa de Desemprego, esses ainda estão como dados preocupantes. O primeiro trimestre de 2019 mostrou uma desaceleração da economia de - 0,68%, enquanto que o desemprego subiu em 14 unidades da Federação, no total de 27. Hoje são 13,4 milhões de desempregados. Cenário que preocupa muito e que apresenta consequências bastante drásticas para a saúde financeira da população, bem como para a economia do país.
Ao dialogar com as pessoas de maneira geral, assim como com aqueles que vivenciam o meio empresarial, as preocupações são muito semelhantes e muitos mencionam a seguinte frase: "[...] parece que o ano não começou!".
É de se descartar que o governo federal está focado na aprovação da reforma da Previdência. É nítida a dedicação a este quesito. No entanto, no Brasil, a população como um todo, está "sedenta" de um plano de crescimento econômico. Todos querem uma transformação de nossa economia, isto é, do cenário de baixo crescimento para uma economia pujante e desenvolvida.
Um plano bem sucedido deve conter dois pontos essenciais: primeiro, a melhora da produtividade dos fatores (do trabalho e do capital, e mais do progresso técnico) e segundo, a volta do crescimento de nossas rendas. Além disso, reformas conjunturais, tanto monetárias, fiscais e institucionais se mostram necessárias. Um ponto a se destacar é a facilitação da concorrência bancária, no sentido de fomentar o crédito na economia. Além disso, diminuir os subsídios do crédito e também modificar a forma do Estado de se financiar na economia são alternativas para sair da crise.
O câmbio continua elevado (nos últimos dias para se comprar U$ 1 precisava-se R$ 4). Isso é bom para os exportadores, porém interfere em nossos negócios. O quadro internacional também não está favorável. A "guerra" comercial entre EUA e China parece ser o ponto fundamental nesta história. Em relação à América Latina, os problemas também não são poucos. A Argentina sofre com a inflação e com o endividamento. E a Venezuela permanece com um quadro de instabilidade econômica-social gravíssima.
Enfim, o Brasil deve tomar o rumo certo para que não tenhamos mais uma década perdida. Precisamos de mudanças como a reforma da previdência e a diminuição da desigualdade social e econômica. O Estado deve se modernizar. Precisamos, urgentemente, de uma compreensão maior a respeito do que diferencia o público do privado e o papel de cada um nesta nova configuração. Espera-se que não ocorra morosidade neste processo de transformação. De fato, precisa-se o mais rápido possível de um plano econômico que faça a nossa economia crescer.